quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Nasce o Mercado de Indústrias Culturais Argentinas (MICA)

Fonte: http://www.flickr.com/photos/inti/

Texto retirado de Cultura e Mercado

Será realizado, pela primeira vez, de 26 a 29 de maio de 2011 em Buenos Aires, o primeiro Mercado de Indústrias Culturais Argentinas – MICA, organizado pela Secretaria de Cultura, pelo Ministério da Indústria e pelo Ministério das Relações Internacionais e Comércio Exterior da Argentina.

O MICA será o primeiro espaço, naquele país, que concentra todos os ramos da indústria cultural, com o objetivo de gerar negócios, trocar informações e apresentar a produção portenha às principais organizações mundiais do mercado cultural.

Nessa primeira edição, estarão presentes os setores editorial, fonográfico, audiovisual, teatro, design e videogames.

Param mais iformações clique aqui.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ancine e Ministério da Justiça lançam campanha contra pirataria

Texto retirado de Cultura e Mercado

A Ancine, o Ministério da Justiça e a Polícia Federal firmaram acordo na última quinta, 2, que dará continuidade a ações contra a pirataria. O acordo é válido por cinco anos. Além disso, foram apresentados quatro filmes que fazem parte de campanha de combate à pirataria de obras audiovisuais. A campanha, criada pela DM9, terá seus filmes veiculados nas salas de cinema associadas à Feneec (Federação Nacional da Empresas Exibidoras de Cinema) e incluídos em DVDs distribuídos pelas associadas da UBV (União Brasileira de Vídeo). Os filmes procuram valorizar o trabalho brasileiro, de criação e autoral, e a experiência de ir ao cinema, que fica ameaçada pela pirataria.

No evento de lançamento dos filmes, que aconteceu na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, Rafael Thomaz Favetti, secretário executivo do Ministério da Justiça e presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos Contra a Propriedade Intelectual, afirmou que é fundamental apagar a imagem romântica que existe do vendedor de produtos piratas. Segundo ele, a pirataria é parte do crime organizado, sendo que os responsáveis por este delito estão, muitas vezes, ligados também ao comércio ilegal de armas, à pirataria dos mais variados tipos de produtos, como brinquedos e remédios, e ao tráfego de pessoas.

Manoel Rangel, presidente da Ancine, apontou que o combate à pirataria tem três aspectos: as campanhas pedagógicas, como a lançada nesta quinta; a repressão ao comércio ilegal, com a qual a agência colabora através de denúncias repassadas à Polícia Federal; e e um esforço conjunto do setor para trazer mais vantagens ao comércio legal. Como exemplo deste último ponto, citou a ação “Vídeo Legal”, através da qual as distribuidoras de vídeo oferecem descontos especiais às locadoras que só trabalham com conteúdo legal. Outro exemplo citado é a crianção de preços diferenciados nas salas de cinema em determinados dias da semana. Rangel esclareceu que não se trata de “criar desculpas para a pirataria”, como alegar preço alto dos produtos oficias, por exemplo. Pelo contrário, explica o presidente da Ancine, a ideia é criar vantagens àqueles que privilegiam o mercado legal.

Segundo o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que também participou do evento, há um retrocesso no mercado de produtos piratas, uma vez que o consumo cresce no Brasil com o crescimento da classe C, mas o consumo de bens piratas não acompanha este crescimento com a mesma intensidade. “Recordes de apreensão de produtos e de prisões são quebrados anualmente”, diz o ministro.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Projeto Vamos ao Cinema! 2010, patrocinado pela PETROBRAS, chega ao fim de sua 2a edição


Projeto Vamos ao Cinema! acaba amanhã, com a exibição do filme As Melhores Coisas do Mundo


O Vamos ao Cinema! encontra-se em sua segunda edição e visa promover a inclusão social por meio da sétima arte, levando estudantes do ensino médio de escolas públicas do Distrito Federal a sessões de cinema com direito a pipoca e refrigerante. Além disso, após as sessões, um profissional de cinema faz um bate-papo com os estudantes para apresentar as possibilidades do audiovisual como perspectiva profissional.

O projeto chega ao fim nessa sexta-feira, 26, e levará os alunos da escola CEF Cerâmica São Paulo para assistir ao filme As Melhores Coisas do Mundo.

Contando com o patrocínio da PETROBRAS, que também patrocinou a primeira edição em 2009, o Vamos ao Cinema! de 2010 começou no dia 16 de novembro e, tendo aberto sessões em outros dois dias, possibilitou o acesso dos adolescentes também ao sucesso Tropa de Elite II, de José Padilha.

As exibições são feitas no Cinemark Pier 21 e estima-se que, ao final das quatro sessões, 1.800 alunos tenham sido beneficiados. O objetivo final do projeto é exercitar a sensibilidade do adolescente e contribuir para sua formação como cidadão, inserindo-o ao mundo do cinema de cadeiras acolchoadas e tela gigante, e não apenas levando os filmes ao ambiente escolar.

Sinopse de As Melhores Coisas do Mundo:

Mano tem 15 anos. Adora tocar guitarra, sair com os amigos e andar de bike. Um acontecimento na família faz com que ele perceba que virar adulto não é brincadeira. O bullying na escola, a primeira transa, o relacionamento em casa, as inseguranças, os preconceitos e a descoberta do amor transformam a adolescência numa travessia nada simples.

Ficha Técnica:

Título original: As Melhores Coisas do Mundo

Gêneros: Nacional, Drama

Tempo: 105min

Ano: 2010

Direção: Laís Bodanzky

Classificação indicativa: maiores de 14 anos

Roteiro: Luiz Bolognesi

Elenco:

Francisco Miguez (Hermano 'Mano')

Caio Blat (Artur)

Denise Fraga (Camila)

Fiuk (Pedro)

Paulo Vilhena (Marcelo)

Gustavo Machado (Gustavo)

Gabriel Illanes (Deco)

Gabriela Rocha (Carol)

José Carlos Machado (Horácio)

Matheus Marchetti (ALuno)

TRAILER OFICIAL http://www.youtube.com/watch?v=eIGGnj3MBZc


Serviço:

Vamos ao Cinema!

Local: salas do cinema Cinemark Píer 21

Endereço: SCES, trecho 2, conjunto 32, 1º Pavimento, Brasília

Data: 16/nov – Estréia do projeto, em sessão noturna

19/nov – Sessão matutina

24/nov – Sessão matutina

26/nov – Sessão matutina

Para estudantes do ensino médio


Contatos:

Juliana Moreira

assessoria.imprensa@mgpmarketing.com.br/ juliana.moreira@mgpmarketing.com.br

Valéria Marcondes

valeria.marcondes@gmail.com

Cel: (61) 7816-9671

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Rede Catraca Livre promove curso de cinema gratuito em 2011

A Rede Catraca Livre, com o apoio do Instituto Pinheiro, está promovendo um curso de direção cinematográfica gratuito no Cine Galpão, espaço de uso coletivo voltado a atividades audiovisuais. Com aulas ministradas aos sábados dos meses de janeiro e feveireiro de 2011, o curso será um grande oportunidade para quem tem paixão pela área de cinema mas vê a situação financeira e o trabalho durante os dias úteis como obstáculos.

O projeto visa apresentar aos alunos as diversas etapas da produção de um filme. Fazem parte da grade disciplinas como Introdução à história do cinema e do vídeo, Roteiro, como organizar uma ideia no papel e Compondo uma imagem, enquadramento e iluminação. Ao final do curso, os alunos desenvolverão um projeto audiovisual que será exibido ao público e postado no site da Rede Catraca Livre .

Ao todo, serão selecionados 15 participantes, independente do grau de experiência na área. Para concorrer, é preciso acessar o site da Rede Catraca Livre até o dia 6 de dezembro, preencher a ficha de inscrição e responder porque gostaria de fazer o curso de Direção Cinematográfica no Cine Galpão.

Em caso de dúvida, entre em contato com: Tel: (11) 3814 9237
E-mail: rede@catracalivre.com.br

Assista aqui à reportagem sobre o Cine Galpão no programa Zoom, da TV Cultura.

Clique no blog Acesso para conferir a grade disciplinar completa.





quinta-feira, 18 de novembro de 2010

R$ 10,7 milhões serão destinados para projetos artísticos e socioculturais

Texto retirado de Cultura e Mercado

Uma parceria entre os ministérios da Cultura (MinC) e da Justiça (MJ) destinará R$ 10,7 milhões para apoiar 700 projetos artísticos e socioculturais voltados para pessoas entre 15 e 29 anos. O edital que regulamenta os Microprojetos Mais Cultura para os Tempos de Paz foi publicado no Diário Oficial da União do dia 16 de novembro e pretende contemplar 44 localidades de 11 estados e do Distrito Federal, atendidas pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

A verba será destinada ao financiamento de projetos de hip hop, grafite, rap, teatro, literatura, artesanato e dança. Produções de vídeos e documentários, bem como gravação de CDs de jovens artistas de comunidades de baixa renda e de elevados índices de violência também poderão receber o apoio financeiro. Cada proposta contemplada poderá receber de um a 30 salários mínimos (máximo de R$ 15,3 mil), respeitando a particularidade de cada ação social.

De acordo com o secretário executivo do Pronasci, Ronaldo Teixeira, a parceria do MinC com o MJ é importante para recuperar os jovens de comunidades carentes. “O Pronasci inova nesse conceito, pois o caminho para a redenção dessas áreas passa necessariamente, de um lado, pela presença da polícia e, de outro, pela presença do Estado, aportando recursos para que jovens possam acessar bens culturais e potencializar sua cidadania”, afirmou.

O estado do Rio de Janeiro concentra boa parte dos projetos premiados pelo edital, com 300, espalhados em 24 localidades atendidas pelo Pronasci. As outras unidades de Federação que têm Territórios de Paz a serem beneficiados pelo edital são: Rio Grande do Sul, Bahia, Acre, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraná, Pernambuco, São Paulo e Distrito Federal. O Ministério da Justiça estima que a população contemplada pelo projeto é de 2,5 milhões de habitantes.

As inscrições para o edital Microprojetos estão abertas até o dia 30 de dezembro. O cadastro pode ser feitos nos sites do Ministério da Cultura (www.cultura.gov.br), do Programa Mais Cultura (http://mais.cultura.gov.br) e do Pronasci (www.mj.gov.br/pronasci).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Você sabia que Godard e Truffaut tiraram octeto da Glória da prisão?

Fonte: ilustração do episódio feita pelo próprio Glauber
Rocha

Texto baseado em Almanaque do Brasil

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1965. Engravatados de todo o continente reuniam-se no hotel Glória. A cidade sediava um encontro da Organização dos Estados Americanos (OEA). Do lado de fora, oito rapazes, também de terno, mostravam não concordar com as decisões das comitivas internacionais.

“Abaixo a ditadura”, lia-se na faixa estendida por Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade, Carlos Heitor Cony, Antonio Callado, Flávio Rangel, Mário Carneiro, Márcio Moreira Alves e Jaime Rodrigues. O último era embaixador; os demais, grandes nomes do cinema, teatro, literatura e jornalismo. Glauber Rocha, por exemplo, participou do Cinema Novo no Brasil, movimento baseado no neo-realismo italiano e na Nouvelle Vague francesa (esta última marcada por Jean-Luc Godard e François Truffaut).

Foram todos em cana. Manifestos pipocaram pelo Brasil – e os signatários também foram inscritos no Dops. A prisão ganhou repercussão internacional. Até que o presidente Castelo Branco recebeu um protesto via telegrama. Remetente: vários cineastas franceses. Não dava para fichar Truffaut e Godard. Sem conseguir segurar a pressão, depois de 23 dias, o governo liberou o “octeto da Glória”.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Petrobras lança edital para circulação teatral



Texto retirado de Cultura e Mercado

Estão abertas as inscrições para a segunda edição do Programa Petrobras Distribuidora de Cultura, a maior seleção pública específica para circulação de peças teatrais no país. O período de inscrições vai até o dia 20/12/2010. O programa investirá R$ 12 milhões para o biênio 2011-2012, valor que faz da BR uma grande distribuidora também de teatro de qualidade. A novidade deste ano é a inclusão de espetáculos para o público infanto-juvenil, com R$ 2 milhões.

O programa vai viabilizar a apresentação de espetáculos teatrais já consagrados em cidades diferentes às que já estiveram em cartaz, a preços populares. Por isso, não serão aceitos projetos de peças inéditas, ou propostas de novas apresentações em cidades em que a peça já se apresentou.

Assim como na primeira edição, o programa conta com a parceria com Ministério da Cultura: após a triagem administrativa e a análise da comissão de seleção, será feita a análise técnica referente aos quesitos da Lei Rouanet (8313/1991). Só serão encaminhados para avaliação final do Conselho Petrobras Distribuidora de Cultura aqueles que tiverem a aprovação do MinC. Os resultados da seleção deverão ser divulgados em maio de 2011.

Clique aqui para mais informações.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Plano Nacional de Cultura é aprovado

Texto retirado do Cultura e Mercado

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal aprovou ontem, 9 de novembro, por unanimidade, o projeto de lei (PL) que sistematiza o Plano Nacional de Cultura (PNC). O texto, em tramitação no Legislativo desde 2006, é uma construção coletiva dos parlamentares com o Ministério da Cultura (MinC), com o objetivo de definir as diretrizes da política cultural pelos próximos 10 anos. O projeto tramita em caráter terminativo e segue agora para sanção presidencial. Como não houve alterações no Senado Federal, não será necessário votar novamente na Câmara.

“A aprovação do plano nacional de cultura é uma vitória muito grande, primeiro, porque institucionaliza os avanços obtidos nos últimos anos pelo governo federal na área da cultura e, depois, porque garante a continuidade das políticas culturais no Brasil”, comemora Juca Ferreira, ministro da Cultura.

O PNC está previsto na Constituição Federal desde a aprovação da emenda constitucional 48 em 2005 – que instituiu o Plano e seus objetivos – e tem por finalidade o planejamento e implementação de políticas públicas de longo prazo voltadas à proteção e promoção da diversidade cultural brasileira. O PL aprovado traz as diretrizes elaboradas e pactuadas entre Estado e sociedade, por meio da realização de pesquisas e estudos e de debates e encontros participativos como a 1ª Conferência Nacional de Cultura, Câmaras Setoriais, Fóruns e Seminários. Já a o texto foi um trabalho em parceria entre os Poderes Legislativo e Executivo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

MinC e Secretaria do Audiovisual lançam dez editais inéditos

Texto baseado em Cultura e Mercado

O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual, lança dez editais inéditos para profissionais e estudantes do setor. Será destinado à execução dessas ações um investimento total de R$ 30 milhões. O novo leque de atuação da SAv está integrado ao Fundo ProCultura de Incentivo à Inovação Audiovisual (FPIIA), o qual faz parte do conjunto de oito fundos que integram o Fundo Nacional da Cultura.

Todos os programas serão realizados com a valorização do desenvolvimento de processos criativos, não apenas de produtos, por meio de programas de qualificação e aprimoramento profissional, pesquisas, oficinas e workshops. São eles: ProCultura VideoDança, ProCultura Autor Roteirista, Laboratório ProCultura Sonhar TV, ProCultura Inter/Curtas, ProCultura UniverTV, ProCultura VideoClipe, ProCultura LOC Brasil, ProCultura Telefilmes de Invenção no Gênero, ProCultura Curatori e Procultura Coletivos Criativos.

Guiados pela ideia de economia criativa, que entende que o maior patrimônio são as pessoas e suas habilidades para criar, os programas foram constituídos para ampliar o mercado e atingir segmentos antes não contemplados pelas políticas audiovisuais – como videolocadoras, universidades e curadores – e promove a interação do audiovisual com outras artes – como literatura, música, dança, por exemplo -, conquistando assim novos talentos e novos públicos para a atividade audiovisual.

A SAv/MinC acredita que os artistas e produtores brasileiros estão em uma posição estratégica dentro do cenário contemporâneo das indústrias criativas. Neste sentido, o audiovisual precisa de ações que potencializem a convergência tecnológica e de linguagens como o cinema, a televisão, a produção radiofônica, o vídeo, a fotografia, a dança entre outros. Para isso, será preciso renovar práticas, desenvolver novas percepções éticas e estéticas e atentar para os hábitos culturais da população para dar conta das demandas simbólicas deste novo tempo.

Clique aqui para saber mais sobre os programas

Biblioteca de São Paulo abre exposição fotográfica inspirada em Carolina de Jesus

A escritora será homenagiada para celebrar o Mês da Consciência Negra

Fonte: Divulgação

Texto baseado em cidadao.sp.gov.br

A Biblioteca de São Paulo programou dois eventos para contar a história de Carolina Maria de Jesus (1914-1977), migrante mineira que viveu na extinta favela do Canindé, zona norte paulistana. Ela retratou o cotidiano dos favelados em o livro Quarto de Despejo, traduzido para mais de 13 línguas e que, em 2010, completa 50 anos de publicação.

Em celebração ao Mês da Cosciência Negra, os dois eventos abertos são: uma exposição com 20 imagens feitas pelo fotógrafo Diego Balbino, que abre hoje (9) e ficará em cartaz até o dia 23 de novembro, e um bate-papo com a equipe do AfroeducAÇÃO (site que promove oficinas de capacitação "educomunicativa" e visa disseminar a cultura africana na educação), na quarta-feira, 10, às 19 horas, formam o projeto Carolineando.

A ideia do projeto é mostrar ao público a importância de Carolina de Jesus para a literatura nacional e também o processo de produção das fotos, que recriam o enredo da obra mais famosa de Carolina a partir de imagens de mulheres negras e pobres coletando materiais reaproveitáveis do lixo em diferentes ruas da capital e também na Coopamare, uma cooperativa de catadores majoritariamente feminina. "A maior dificuldade foi captar imagens de mulheres que, por estranhamento e vergonha, se escondiam da câmera. Levei alguns dias até criar vínculo e fazer fotos mais espontâneas. A descoberta das personagens foi o que me deu vontade de seguir com o trabalho", completa o fotógrafo.", diz Diego.

O Carolineando, por sua vez, pretende ampliar a visão que se tem do catador de papel, fazendo com que as pessoas passem a considerar a importância desse profissional perante o problema do descarte de lixo em um grande centro urbano partindo do reconhecimento a Carolina. "Queremos dialogar com todas as pessoas, mas principalmente com crianças, adolescentes e jovens", diz a jornalista Paola Prandini, do AfroeduAÇÃO.

Carolina de Jesus nasceu em Sacramento (MG) e se mudou para a extinta favela Canindé, em São Paulo, aos 33 anos. Caroline trabalhou como doméstica e posteriormente como catadora de papel - cargo que exerceu até sua morte. Semi-analfabeta, negra e favelada, sua paixão pela escrita e leitura era tamanha que passou a dividir seu tempo entre catar papel, cuidar dos filhos e escrever. Lançado pela Livraria Francisco Alves em agosto de 1960, Quarto de Despejo ganhou oito edições no mesmo ano, tendo mais de 70 mil exemplares vendidos na época. Caroline de Jesus ainda escreveu mais três livros: Casa de Alvenaria (1961), Provérbios e Pedaços da Fome (1963) e Diário de Bitita (1982).

Serviço

Exposição Carolinas
De 9 a 23 de novembro

Bate-papo Carolineando
Dia 10 de novembro, às 19 horas

Biblioteca de São Paulo
Parque da Juventude
Avenida Cruzeiro do Sul, 2.630 - Santana - São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2089-0800

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Curso ensina a planejar e captar recursos

Texto baseado em Cultura e Mercado

O CEMEC – Centro de Estudos de Mídia, Entretenimento e Cultura lançou o curso Captação de Recursos, coordenado pelo consultor Leonardo Brant. Realizado em 8 horas com exposição teórica e troca de experiências concretas, o curso é voltado para agentes de todas as áreas da cultura, com projetos no mercado ou em fase de planejamento.

Captar recursos para projetos culturais não é fácil. Para concretizar uma venda não basta uma excelente idéia ou o talento de um grande vendedor. É preciso reunir conhecimentos técnicos em planejamento estratégico, marketing e vendas, além de negociação e aprofundamento no conhecimento dos movimentos do mercado. O curso auxilia o empreendedor a executar um plano bem-sucedido de captação de recursos, a partir das fontes de financiamento, da formação de uma carteira de clientes, estruturação de uma comunicação eficaz e uma política de investimentos compatível com o mercado.


Leonardo Brant

Pesquisador de políticas culturais e presidente da Brant Associados, consultoria estratégica para empreendimentos socioculturais. Criou e edita Cultura e Mercado, o mais influente site de políticas culturais do Brasil. Autor do livro O Poder da Cultura (editora Peirópolis, 2009), entre outros. Conferencista internacional e coordenador de cursos de formação na área cultural, Leonardo fundou o Instituto Pensarte (Brasil) e Divercult (Espanha). Diretor de Ctrl-V :: VideoControl sobre a indústria e as políticas para o audiovisual.


Serviço

Inscrições pelo site: www.redecemec.com/curso/captacao-recursos

Informações: 
(11) 2389.5708
- atendimento@redecemec.com

Local: CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Alvares Penteado, 151 Centro – São Paulo – SP

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

MinC investe R$ 300 milhões em oito novos fundos setoriais

Texto baseado em Blog Acesso

Enquanto a reforma da Lei Rouanet não é votada pelo Congresso Nacional, o Ministério da Cultura – MinC fortalece o Fundo Nacional de Cultura – FNC, ampliando seu orçamento e criando oito novos fundos setoriais. Anunciado pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, na quarta-feira do dia 20 de outubro, o Plano de Trabalho do Fundo Nacional da Cultura vai investir, até o final de novembro, R$ 300 milhões nos novos fundos setoriais.

Deste montante:
  • R$ 87 milhões serão destinados a 15 novos editais criados para atender aos oito fundos setoriais.

  • R$ 63,93 milhões vão para ações viabilizadas por convênios.

  • R$ 30,78 milhões serão endereçados ao financiamento de bolsas de estudos.

Segundo a assessoria do MinC, “até o final de novembro, 22 novos editais participantes do programa ProCultura vão contar com R$ 118,99 milhões”. Vale lembrar que a criação dos novos fundos setoriais só foi possível devido à ampliação do orçamento do MinC, em 2010, para R$2,2 bilhões. Para 2011, uma emenda da Lei das Diretrizes Orçamentárias – LDO, assinada pelo presidente Lula, no último mês de agosto, garantirá a ação do Fundo Nacional de Cultura.

A definição final sobre a partilha do investimento nos oito novos fundos setoriais coube à Comissão do FNC. A distribuição foi:
  • Circo, Dança e Teatro: R$ 66,88 milhões

  • Ações Transversais e Equalização de Políticas Culturais: R$ 64,6 milhões

  • Patrimônio e Memória: R$ 33,39 milhões

  • Artes Visuais: R$ 31,5 milhões

  • Música: R$ 30,44 milhões

  • Audiovisual: R$ 30 milhões

  • Livro, Leitura, Literatura e Língua Portuguesa: R$ 30 milhões

  • Acesso e Diversidade: R$ 13,9 milhões.

Os novos fundos setoriais serão geridos por um comitê formado por representantes da sociedade civil e do governo, o que permitirá uma avaliação mais acurada dos projetos enviados. “Agora, teremos uma avaliação setorializada, com pessoas especializadas em determinadas areas da cultura. Com isso, aumentamos a capacidade de acerto na avaliação dos projetos”, disse Juca Ferreira durante o anúncio.

O fundos setoriais poderão também receber benefícios por meio da realização de editais com inscrições via internet. Além disso, nos moldes da Lei Rouanet o artista precisa primeiro do aval do Ministério para depois proceder a captação do mercado. A partir de agora, deixam de existir as etapas intermediárias e a liberação do recurso será feita diretamente pelo Ministério da Cultura. Sendo assim, a diversidade de projetos aprovados será maior e os desequilíbrios e distorções da Lei Rouanet serão combatidos, não mais priorizando os projetos que se enquadram no perfil desejado pelo patrocinador.

Clique aqui para ler o depoimento do ministro Juca Ferreira sobre os fundos setoriais.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Inscrições para V Seminário Arte, Cultura e Fotografia acabarão essa sexta

Texto baseado em: Cultura e Mercado

Até o dia 05 de novembro, estão abertas as inscrições para a quinta edição do Seminário Arte, Cultura e Fotografia, que acontece de 08 a 12 de novembro no auditório do MAC-USP. O tema do debate será Espaços e Correspondências, e tem como objetivo promover uma discussão de estudos nas áreas de História da Arte, História e outros campos do conhecimento que possuam como foco a fotografia.

Realizado desde 2006, o evento desse ano contará com pesquisadores de renome, artistas e críticos, como Ana Maria Tavares, Helouise Costa, Paulo Herkenhoff e Paulo Bruscky. Pela primeira vez, o seminário amplia sua atuação para a cena latino-americana, com a presença de duas estudiosas argentinas: Laura Malosetti Costa e Diana Wechsler.

O seminário é como uma extensão das atividades da ECA (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo) que desde março de 2004 realiza encontros semanais para o estudo de problemas na produção de conhecimento em História da Arte e da Fotografia no Brasil.

Ao longo dos cinco dias de encontro, os palestrantes tratarão de questões como a relação entre a fotografia e as Belas Artes no século XIX, o fotojornalismo entre o documento e a ficção, e a relação entre a fotografia e os processos artísticos contemporâneos.


Serviço:

Data: 08 a 12 de novembro

Horário: 14h às 18h

Local: Auditório do Museu de Arte Contemporânea da USP – Cidade Universitária (Rua da Praça do Relógio, 160)

Inscrições: (11) 3091-4430 com (das 10h às 17h)

É possível solicitar fichas de inscrição pelo e-mail artefotografia@usp.br

A taxa de inscrição custa R$20,00 por dia. As vagas são limitadas.

sábado, 30 de outubro de 2010

“Encontro com a Música” traz a Belo Horizonte Egberto Gismonti e Duofel

Evento reúne grandes nomes da música instrumental nacional em espetáculo inédito

O “Encontro com a Música” acontecerá no dia 20 de novembro, a partir das 18 horas, com a apresentação de dois grandes nomes da música instrumental em um encontro inédito: Egberto Gismonti e a dupla Duofel, formada por Fernando Melo e Luiz Bueno. O evento será realizado na Praça Juscelino Kubitschek com entrada franca.

O “Encontro com a Música” é uma realização da Fnac Brasil, com o patrocínio exclusivo da Redecard, e vem marcando a chegada da nova loja Fnac em Belo Horizonte, que será inaugurada em novembro, no BH Shopping.
A realização deste evento firma o compromisso da Fnac e da Redecard com a difusão da música brasileira, levando para a cidade de Belo Horizonte um espetáculo único, que estimula o acesso do grande público a um acervo de excelência da nossa música.

Esta é a segunda edição do “Encontro com a Música”, que em 2009 reuniu Hamilton de Holanda e Quinteto e o “Bruxo” Hermeto Pascoal, em dois espetáculos inesquecíveis realizados em Brasília e São Paulo e tornou-se um evento de alta significação para o histórico da música no Brasil, trazendo ícones da música instrumental, reconhecidos e premiados internacionalmente.

Desta vez, quem sobe ao palco é o multi-instrumentista e compositor Egberto Gismonti, considerado um virtuoso da música instrumental, destacando-se por sua capacidade de experimentação; e a dupla Duofel, formada pelos músicos Fernando Melo e Luiz Bueno, cuja música nasce da mescla de diversas vertentes, unindo o erudito e o popular.

Egberto Gismonti, nascido em uma família ligada à música, começou a tocar piano aos seis anos de idade e, posteriormente, aprendeu flauta, clarinete e violão. Em 1968, participou de um festival da TV Globo e ganhou elogios da crítica com a música “O Sonho”. Nesse mesmo ano mudou-se pra França, onde estudou música duodecafônica com Jean Barraqué e análise musical com Nadia Boulanger. Gismonti enriqueceu sua música com a influência da Bossa Nova, estruturas complexas e instrumentos inusitados, e é considerado referência para a música instrumental no mundo, com uma sólida carreira nacional e internacional.

Duofel, por sua vez, é um duo composto pelos violonistas Fernando Melo e Luiz Bueno. Eles se conheceram em São Paulo e, depois de iniciar a carreira tocando em conjuntos de baile, resolveram investir em outro estilo musical, influenciado por Paco de Lucia, pela música dos índios tabajaras e, acima de tudo, pelo próprio Egberto Gismonti. A partir do terceiro disco, a dupla passou a gravar músicas de outros compositores, com arranjos próprios e contando com a participação de artistas como Oswaldinho do Acordeon e o indiano Badal Roy. Duofel também já excursionou pela Europa e é reverenciado por músicos e imprensa especializada com participações nos maiores festivais de jazz em todo o mundo.

SERVIÇO:
Encontro com a Música – Show instrumental com Egberto Gismonti e Duofel
Local: Praça Juscelino Kubitschek (Av. Bandeirantes, esquina com Av. Uruguai)
Data: 20 de novembro - Sábado
Horário: 18:00h
Classificação Indicativa: Livre
Entrada Franca


Sobre os músicos


EGBERTO GISMONTI
O multi-instrumentista, compositor e arranjador brasileiro Egberto Gismonti nasceu na cidade do Carmo, Rio de Janeiro, em dezembro de 1947. Começou a estudar música aos seis anos de idade e, durante sua infância e adolescência, seus estudos no Conservatório já incluíam flauta, clarinete, violão e piano. Em 1969, lançou seu primeiro disco, “Egberto Gismonti”, com forte influência da Bossa Nova. O álbum, hoje cult, acabaria sendo uma de suas obras mais acessíveis, dado que, nos anos 1970, Gismonti se dedicaria a pesquisas musicais e experimentações com estruturas complexas e instrumentos inusitados, voltando-se quase exclusivamente para a música instrumental.

Gismonti explorou diversos caminhos musicais, sempre imprimindo o seu interesse pessoal: o choro, que o levou a estudar o violão de oito cordas e a flauta. A curiosidade com a tecnologia e a influência da Europa o levou aos sintetizadores, a curiosidade com o folclore e as raízes do Brasil o levou a estudar a música indígena do Brasil, tendo mesmo morado por um breve período com índios yawaiapiti, do Alto Xingu. Foram anos de experimentação com diferentes possibilidades de afinação em busca de novas sonoridades.

O primeiro trabalho de Gismonti pelo selo ECM, “Dança das Cabeças”, em dueto com o percussionista Naná Vasconcelos, foi premiado como o álbum do ano em 1977. A carreira de Gismonti prosseguiu sólida no Brasil e no exterior, vindo a realizar a gravação de 60 discos, 30 trilhas para balés, 29 trilhas para cinema e 11 trilhas para séries de TV.

Entre seus trabalhos mais recentes, o instrumentista escreveu a trilha sonora do filme “Chico Xavier”, a pedido do diretor Daniel Filho. Egberto está no exterior nesse momento, e a próxima apresentação dele no Brasil será no Encontro com a Música em Belo Horizonte.

Especial sobre o artista: Mosaicos 29/09/10 - TV Cultura


Apresentação em Festival da Itália




DUOFEL
A música do Duofel é resultado de 32 anos de pesquisas, ensaios e shows diversos. Luiz Bueno, paulistano, 58 anos e Fernando Melo, alagoano de Arapiraca, 54 anos, têm em comum o fato de serem autodidatas e de acreditarem com rara obstinação, no sucesso de uma proposta musical.

Possuem doze discos lançados - dez gravados no Brasil, um na Alemanha e outro nos estúdios de Ornette Coleman nos EUA - vencedores de três prêmios Sharp, além de outros prêmios em festivais e revistas especializadas. O Duofel participa ainda de sete compilações lançadas no Brasil, EUA e Europa.

Com uma carreira ímpar são reverenciados por músicos e imprensa especializada com participações nos maiores festivais de jazz em todo o mundo e responsáveis por criarem uma nova linguagem para o violão brasileiro. Sua música nasce da mescla de diversas vertentes, unindo o erudito e o popular, experimentam diferentes timbres utilizando diversos violões, como 12 cordas, 6 com cordas de aço, clássico com cordas de nylon, viola de 10 cordas e violão tenor. Sua linguagem passeia por diversas tendências; orquestras sinfônicas, jazz, MPB e Pop.

Em seu último trabalho, o Duofel faz uma leitura dos Beatles para violões. O CD foi lançado recentemente, gerando ótima crítica da imprensa nacional. O DVD, com lançamento marcado para o ano que vem, foi gravado em Liverpool e sua gravação gerou ótima crítica na imprensa local.

Site do Duofel

Apresentação no Show Livre


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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

No Dia Nacional do Livro, Biblioteca Nacional comemora 200 anos

Em homenagem ao bicentenário, são expostas 200 das principais obras do acervo. No Dia do Livro, acontecem campanhas para doação e apresentações artísticas

Biblioteca Nacional do Brasil

Fonte: Divulgação

Texto baseado em: O Globo

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o presidente da Fundação, Muniz Sodré, abrem hoje no Rio de Janeiro uma exposição com as 200 obras mais importantes do acervo, comemorando o aniversário da Fundação Biblioteca Nacional. Além disso, novos investimentos em projetos da instituição serão anunciados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Ciência e Tecnologia.

Uma das dez maiores bibliotecas do mundo, a Biblioteca Nacional do Brasil possui um acervo com cerca de 9 milhões de obras, tendo origem na coleção de dom João VI. A instituição também é referência em projetos de restauração e digitalização na América Latina.

Hoje também é o Dia Nacional do Livro. Em comemoração à data, a Ação da Cidadania lançará nesta sexta-feira a 18a edição da Campanha Natal sem Fome dos Sonhos, na qual ocorrerá uma coleta de brinquedos e livros infanto-juvenis. A campanha acontecerá em diversos estados, e os livros e brinquedos serão distribuidos no fim do ano, nas comunidades mais pobres.

No Rio de Janeiro, o lançamento da Campanha Natal sem Fome dos Sonhos será as 10h, na Praça Floriano, em frente a Câmara Municial. O evento contará com musicais, narração de histórias e um sarau de poesia, com artistas e crianças da comunidades da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana.

Iphan entra com proposta para proteção de mais seis bens culturais

O Conselho Consultivo se reunirá para discutir os próximos candidatos a Patrimônio Cultural do Brasil

Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial
Fonte: Divulgação


Texto baseado em: Cultura e Mercado

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional prentende proteger mais seis bens culturais, incentivando o acesso e o envolvimento da sociedade com seu patrimônio histórico. Nos próximo dias 4 e 5 de novembro, no Rio de Janeiro, o Conselho Consultivo do Patrimônio Histórico avaliará a poposta, que tem como candidatos:
  • Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (AM)

  • Ritual Yaokwa do povo indígena Enawene Nawe (MT)

  • Centro histório de São Félix (BA)

  • Paisagem natural em Santa Tereza (RS)

  • Encontro das Águas dos Rios Negro e Solimões (AM)

  • Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial (RJ)

Este ano, o Conselho Consultivo já esteve reunido outras duas vezes. Na primeira, em março, foram aprovados o registro da Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis (GO) e o tombamento da Vila Serra do Navio (AP). No mês de junho, os conselheiros aprovaram os tombamentos dos Lugares Sagrados dos Povos Indígenas do Alto Xingu (MT), os Bens da Imigração Japonesa (SP) e o Teatro Oficina, também no estado paulista.

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, presidido por Luiz Fernando de Almeida (presidente também do Iphan) avalia os processos de tombamento e registro. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Best seller "Hell", de Lolita Pille, é adaptado ao teatro

O livro da escritora francesa vira peça dirigida por Hector Babenco

Foto Divulgação

Texo baseado em: lola magazine

O teatro Sesi-SP traz em cartaz na grande São Paulo o espetáculo Hell, protagonizado por Bárbara Paz e Ricardo Tozzi. A peça é uma adaptação do romance best seller francês Hell Paris 75016, feita pelo cineasta – e marido da protagonista - Hector Babenco, em parceria com Marco Antonio Braz.

A história se passa em um cenário picante da elite parisiense, cercada por drogas, sexo e roupas de marca. Bárbara Paz vive Hell, uma adolescente francesa e rica que se acha incapaz de amar. Ricardo Tozzi, por sua vez, interpreta Andrea, o playboy e amor impossível de Hell. O livro seria uma biografia da própria autora, escrita quando Lolita tinha 18 anos e lançado apenas quando completou 21.

Babenco recebeu a sugestão de sua mulher e se encantou com o enredo: “A descoberta do livro Hell me despertou de uma forma feroz, como nunca antes me aconteceu”, ele explica. “Gostaria de entregar no palco a sensação do fracasso do amor, entre pessoas que tem tudo para serem felizes e que são impedidas pelos vícios ou por um comportamento doentio delas mesmas”.

Serviço
Até 19 de dezembro de 2010
Teatro do Sesi-SP (Av. Paulista, 1313)
De quinta a domingo, às 20h
Quintas e sextas: entrada franca. São distribuídos dois ingressos por pessoa.
Sábados e domingos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Informações: (11) 3146-7405

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Exposições de Zizola começam no dia 19 de outubro

O fotógrafo comemora 25 anos de carreira e antecipa celebrações do ano da Itália no Brasil

Foto Divulgação

Texto baseado em: Tramafotografica's Weblog

O italiano Francesco Zizola chega ao Brasil com o Projeto Um Olhar Sobre o Mundo, o qual traz sua trajetória nos 25 anos de carreira. As exposições começaram a partir de terça-feira (19), em Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. O projeto é uma concepção curatorial da crítica de arte Simonetta Persichetti e do próprio fotógrafo, e pretende anteceder o início do ano da Itália no Brasil, em 2011.

Em Recife, a exposição é Modos de Olhar, na Arte Plural Galeria, e irá até o dia 21 de novembro. A mostra conta com 30 imagens em preto e braco e color, feitas em coberturas jornalísticas e também em momentos de observação pelas ruas.

Em São Paulo, Zizola expõe Fotojornalista, que contém imagens publicadas em diversas revistas, jornais e sites internacionais. A mostra traz trabalhos que renderam ao italiano oito World Press Photo, e acontecerá até o dia 23 de novembro.

Por fim, no Rio de Janeiro, o artista levará a mostra Beach Culture, um belo ensaio sobre as praias cariocas, na galeria Ateliê da Imagem. A exposição começará no dia 26 de outubro e se extenderá até 28 de novembro.

O trabalho editorial também envolverá workshops e lançamentos de livros:

Workshops

Recife:

Dias 15 e 16 de outubro

arteplural@artepluralgaleria.com.br

São Paulo:

Dias 22 e 23 de outubro

atendimento@territoriodafoto.com.br

Rio de Janeiro:

Dias 27 e 28 de outubro. Informações:

info@ateliedaimagem.com.br


Noite de Autógrafos

Dia 25/10 – Fnac/Pinheiros – São Paulo – 19 h.

Praça Omaguás, 34

Dia 26/10 – Barra Shopping – Rio de Janeiro – 19 h.

Av. das Américas, 4666 – Barra da Tijuca

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"Metropolis" é exibido ao ar livro na 34ª Mostra Internacional de Cinema



O clássico do cinema mudo alemão será uma das exibições especiais deste domingo

Foto Divulgação

Texto baseado em:
Último Segundo

A 34ª Mostra Internacional de Cinema começa nesta sexta-feira (22) em São Paulo, e traz mais de 450 filmes. Dentre eles está Metropolis, do expressionista austríaco Fritz Lang. O filme será exibido domingo (24 ) às 20h, no gramado do auditório do Ibirapuera, e sua trilha sonora original de Gottfried Huppertz será executada ao vivo pela orquestra Jazz Sinfônica.

É a primeira vez que a cópia restaurada do filme, com 25 minutos a mais e inéditos, é passada no Brasil. A versão atual era considerada perdida até que, em 2008, foram encontrados no Museu do Cinema de Buenos Aires vários rolos em boa qualidade que permitiram completar e restaurar a obra.

O trabalho de restauração envolveu uma cooperação entre Argentina e Alemanha, e foi concluído em tempo recorde para ser exibido na abertura do Festival de Berlim, em janeiro deste ano. O filme foi projetado nos Portões de Brandenburgo.

Metropolis foi produzido em 1927, na Alemanha, e conta a história de uma cidade do ano 2026 governada por um poderoso empresário, na qual os trabalhadores são escravizados pelas máquinas e vivem no subterrâneo. O filho do prefeito, no entanto, acaba se apaixonando por Maria, uma jovem trabalhadora que tenta organizar os demais a reinvidicarem seus direitos.

A entrada será franca.

Paulistas não vão a eventos culturais por falta de interesse

Questionados sobre suas razões, os entrevistados não hesitam e surpreendem com respostas que embaralham teses sobre consumo cultural


Fonte: Divulgação

Texto baseado em: Folha.com

A primeira conclusão já era esperada: 40% dos paulistas não costumam ir ao cinema, 60% não costumam ir ao teatro e 61% não costumam ir a museus. O que chama a atenção, no entanto, é a sinceridade dos entrevistados, que se justificam por falta de interesse ou por não se sentiram bem indo a tais lugares.

No caso do cinema, enquanto 29% alegam falta de interesse, apenas 8% citam o preço do ingresso como empecilho. Quanto às peças de teatro, 32% dizem simplesmente não terem vontade de ver.

"O que surpreende é o fato de essa resposta aparecer. A pressão por ser culto, consumir cultura é tão grande que, em geral, as pessoas dão desculpas como falta de tempo ou dinheiro", diz Teixeira Coelho, curador do Masp e professor da USP.

O cineasta Domingos Oliveira culpa principalmente as escolas pela falta de costume cultural da população: “A doença em geral é a falta de educaçã. O contato com as artes deveria ser obrigatório no ensino primário."

Teixeira Coelho ainda observou que a classe social da pessoa também interfere em seu consumo de cultura. Segundo pesquisas internacionais, quanto melhor o nível econômico, melhor o consumo cultural.

Paradoxalmente, os mais desiteressados por atividades culturais dizem que gostariam de dar uma chance para esse hábito. O "sim", nesse quesito, teve índice de 68%.

O projeto da pesquisa foi realizado pela consultora J. Leiva Cultura & Esporte, em parceria com o Datafolha e a Fundação Getúlio Vargas. Foram ouvidas 2.400 pessoas acima de 12 anos, entre 25/8 e 15/9, em 82 cidades. O objetivo da pesquisa era mapear e compreender os hábitos culturais da população. Os resultados serão apresentados e analisados amanhã, durante um seminário na Pinacoteca . As vagas já estão esgotadas.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

TV Aberta é a Principal Forma de Entretenimento da Classe C

Ibope conclui que “a nova classe média” prefere novelas, progamas de auditório e humor


Foto: Divulgação

Texto baseado em Daniel Castro

Hoje como a maior classe economômica do Brasil, a classe C constitui um grupo de 100 milhões de pessoas, segundo pesquisa realizada pelo Ibope. Por representar metade da população e por ter sido a que mais cresceu nos últimos anos, é para tal classe que as emissoras de televisão direcionam sua programação.


Classe C Urbana do Brasil - Somos Iguais, Somos Diferentes foi o nome dado à pesquisa do Ibope/Target Group Index, a qual ouviu quase 20 mil pessoas das principais metrópoles do país entre fevereiro de 2009 e janeiro de 2010. Segundo ela, a classe C ganha entre R$ 600 e R$ 2.099 mensais, e é dividida entre C1 e C2, por critérios que consideram fatores como o número de televisores coloridos em uma residência e o nível de escolaridade do chefe da família.


O Ibope ainda sondou que 98% da classe C assistem à TV aberta, sendo esta, portanto, sua principal forma de entretenimento. Novelas, programas humorísticos e de auditório mostraram ser os gêneros preferidos da classe, apontou a pesquisa. A Grande Família, da Globo, é um dos programas mais vistos e familiarizados com o cotidiano das classes populares. A TV paga ainda tem baixo consumo na classe C: 21% da C1 e 13% na C2, contra 28% na média da população geral.


No quesito Internet, 55% da classe C1 têm acesso, mesmo percentual da média da população. A classe C costuma usar, na internet, mais redes sociais e bate-papos do que fontes de informação.

A mídia impressa, por sua vez, tem baixa penetração na classe C.


Dentre os outros resultados da pesquisa sobre a classe C, destacam-se:

  • É composta por uma maioria jovem e afrodescendente (exceto no Sul).

  • As mulheres são mais responsáveis pela família e os homens tendem a viver menos.

  • Se preocupa menos com a alimentação e faz menos exercícios físicos do que as demais, no entanto não tem uma média de peso maior do que as classes mais ricas.

  • 23% falam um segundo idioma.

  • 53% possuem cartão de crédito e 19% pretendem comprar imóvel nos próximos meses.

  • A máquina de lavar roupas é o item mais desejado, e logo depois vêm celular, computador, TV, entre outros.

  • Acredita que boa aparência e poder de consumo implicam em inclusão social.

  • Tem menos preconceito e acredita mais na convivência pacífica.

  • Acredita que a mídia em geral e a igreja são instituições merecedoras de grande confiança.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

SLOW FILME – Festival Internacional de Cinema e Alimentação

Pela primeira vez no Brasil, um evento mesclou cinema e cultura slow food, com uma programação composta de filmes inéditos no País e premiados na Europa. É o SLOW FILME – Festival Internacional de Cinema e Alimentação, que aconteceu entre os dias 16 a 19 de setembro, na pequena cidade de Pirenópolis, Goiás. Durante os quatro dias, foram apresentados títulos prestigiados como 'Terra Madre', de Ermanno Olmi, e 'Ouro Negro da Floresta', de Delvair Montagner. Os filmes foram exibidos sempre com entrada franca. Acompanhando a programação, degustações e palestras. A curadoria do Festival é do crítico e professor de cinema, Sérgio Moriconi.

Movimento que vem ganhando cada vez mais adeptos no mundo, o Slow Food merece, desde o ano 2002, um festival de cinema inteiramente dedicado ao tema, realizado em Bologna, na Itália. Slow Food on Film exibe filmes de curta, média e longa-metragem, de grande qualidade e assinados por importantes diretores, que vasculham os diversos aspectos ligados à cultura Slow food, que prega o retorno à tradição alimentar, à vida simples e em harmonia com a natureza. SLOW FILME – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA E ALIMENTAÇÃO tem perfil semelhante ao evento italiano e quer dar maior visibilidade aos conceitos de respeito ao meio ambiente, justiça social e cultura gastronômica tradicional que norteiam o movimento no mundo.

Na programação, estavam filmes sobre as tradições e costumes de regiões tão distantes quanto Hungria e Irã, Sérvia, Itália e Dinamarca. Logo na abertura, houve o lançamento de 'Ouro Negro da Floresta', um documentário inédito de Delvair Montagner que percorre todo o caminho do cultivo do fruto do açaí, no Pará. Do Brasil também foi possível assistir a 'Seu Bené vai pra Itália', documentário de Teresa Corção e Manoel Carvalho sobre um pequeno lavrador paraense considerado referência na fabricação da farinha de mandioca.

A intenção do evento é proporcionar um contato com este universo cinematográfico, que alia imagens e sabores. Oferecer uma mostra feita de grandes obras de renomados realizadores, promover degustações e palestras abertas ao público, agregar crianças, jovens e adultos em torno do tema, chamar a atenção para a riqueza dos frutos e dos produtos da região, para que sua utilização seja amplificada. E ainda reafirmar a vocação da cidade histórica de Pirenópolis para eventos que mesclam cultura, gastronomia e turismo.

Mais informações no site www.slowfilme.com.br.

Cultura e Mercado | para quem vive de cultura. » Procultura, o retorno

Cultura e Mercado | para quem vive de cultura. » Procultura, o retorno

O Projeto de Lei 6722/10, que cria o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura (Procultura), será colocado em votação na Comissão de Educação e Cultura logo após a eleição. A informação foi dada pela relatora da proposta, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). Ela disse que seu relatório será favorável, com algumas modificações. A deputada pretende acrescentar o Fundo Setorial da Dança aos fundos setoriais já previstos no projeto original, do Poder Executivo. O Procultura vai substituir o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), previsto na Lei Rouanet (8.313/91), que será extinta.

A expectativa da relatora é que a comissão promova, no máximo, mais uma audiência pública sobre o assunto, em Brasília, antes da votação. A comissão já realizou debates no Rio de Janeiro, em Recife, em Curitiba e em Porto Alegre. Já a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio promoveu debate em São Paulo. O projeto foi aprovado por esta última comissão em 13 de julho, com parecer favorável do deputado Dr. Ubiali (PSB-SP).

Íntegra da proposta: PL-6722/2010

*Com informações da Agência Câmara de Notícias.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O porquê do dia de fúria do consumidor

Via Meio & Mensagem

Um estudo feito pela Universidade de Bath/ Reino Unido e posteriormente publicado no Journal of the Academy of Marketing Science mostra que o consumidor pode se sentir traído diante das falhas no atendimento ou no produto especialmente quando as empresas alardeiam serem suas parceiras.

O estudo revelou que muito provavelmente não é a personalidade do consumidor que o leva a reagir com indignação ou violência no balcão de reclamações ou no SAC. O motivo para tal reação é a falta de sintonia entre o que a empresa oferece e o que a comunicação dá a entender ao cliente, fazendo com que ele se sinta lesado ao consumir determinada marca pela promessa que esta faz.

O estudo também revelou que entre 10 a 15% de funcionários de lojas e bancos experimentam agressões verbais diariamente vindas do público, e isso se torna um problema para a empresa na medida em que não só há perda de imagem de marca como gera pedidos de demissão ou de afastamento por stress.

A solução sugerida é que as empresas deveriam procurar entender o motivo da reação dos clientes e então desenvolver estratégias mais eficazes para lidar com esses momentos. O professor Michael Beverland, que conduziu o estudo, afirma que, quando uma marca transmite a mensagem de que o cliente é rei, a companhia tem de estar preparada para receber as respostas de cada comprador, na forma que vierem.

Segundo Beverland, alguns consumidores estão mais interessados em obter uma resposta prática. Estes estão menos propensos a ter ataques de raiva e também tendem a manter o relacionamento com a empresa se o problema for resolvido. Já os clientes que encaram a situação como algo pessoal podem ficar ainda mais irritados se a medida oferecida pela companhia for uma mera compensação ou uma substituição de produto. Nesse caso, o melhor seria se a corporação assumisse a falha e pedisse desculpas.

Beverland diz ainda que treinar os funcionários para captar esses sinais podem aprimorar resultados. "Falhas e erros são fatos da vida. Mas entender as reações do consumidor é uma maneira de minimizar os custos à imagem e melhorar as respostas a essas queixas".

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Nota: Filme "Nosso Lar" lidera bilheteria brasileira

Dados lançados pela Filme B esta semana revelam que o filme "Nosso lar" liderou a bilheteria no Brasil, figurando em oitavo lugar em bilheteria de estreia em 2010.

O filme levou em média 1220 espectadores por sala, sugerindo que a temática espírita conta com uma legião de interessados no assunto. Provas disso foram as ótimas perfomances de Bezerra de Menezes, que apesar de ter sido lançado em um circuito pequeno de cerca de 40 salas, chegou a 480 mil espectadores, e Chico Xavier e levou 3,4 milhões de pessoas ao cinema.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Trendwatching lança newsletter de setembro

Para quem não conhece, o Trendwatching é uma empresa que analisa tendências mercadológicas e mensalmente publica matérias sobre uma característica de consumo e como isso pode afetar a relação dass empresas com o seu público-alvo.

Na edição de setembro, o "Maturialism" (de mature + materialism) é retratado por consumidores experientes, menos facilmente chocado, sem rodeios que apreciam a marcas que são mais ousadas, até um pouco mais picante. E dá a definição do termo: completamente exposto (ou até mesmo participante) em um mundo sem censura, opinativo e cru. Consumidores experientes já não toleram mais serem tratados como antigamente, do tipo facilmente chocados, inexperientes, ou público-alvo no meio da estrada. Capazes de lidar com muito mais conversas honestas, inovações mais ousadas, mais sabores peculiares, experiências mais arriscadas, esses consumidores cada vez mais apreciam marcas que ultrapassam os limites.
O “maturialism” faz parte de uma tendência mais ampla: TECIDO DA MARCA

O “maturialism” faz parte de uma tendência muito maior, chamada pela Trendwatching de tecido da marca. Esta tendência, que em seu núcleo é sobre a necessidade das marcas de realmente se concentrarem em mover-se com a cultura, incorporarem vários sub-tendências e temas. Aqui estão algumas delas:
* Marcas tem que superar os limites de vez em quando (MATURIALISM).
* Marcas tem que servir os clientes (BRAND BUTLERS).
* Públicos-alvo sofisticados estão “aumentando” o seu consumo como forma de desafio, apesar de todas as previsões de encolhimento, nunca houve um grande mercado para as mais exigentes, as ofertas de difícil.
* Em razão de os indivíduos e os consumidores estarem se abrindo para si mesmos no ambiente online, eles esperam que as empresas sejam mais "transparentes" também (trunfo da transparência).
* O desejo sem fim dos consumidores por autenticidade, por marcas "humanas", por marcas cujos valores reflitam as suas próprias.

o Trendwatching vai dedicar um briefing (muito elaborado) sobre TECIDO DA MARCA, no início de 2011.

De volta ao MATURIALISM, está na hora de olhar para alguns drivers de tendência. O Trendwatching escolheu três: a lenta, mas certa disseminação de uma cultura mais liberal, a cultura do "vale tudo" no ambiente online, e, claro, no constante mudança do que significa status.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

64% dos investimentos em mídia vão para a TV aberta

Do blog do Daniel Castro

De janeiro a junho deste ano, a TV aberta faturou mais de R$ 8 bilhões enquanto no mesmo período do ano passado, a arrecadação ficou em quase R$ 6 bilhões, indicando um crescimento de 37,6%

Os dados foram apresentados pelo Projeto Inter-Meios, coordenado pelo Grupo M&M e contabilizado pela PricewarterhouseCoopers. São baseados em informações fornecidas pelas empresas de comunicação, com os descontos em tabela eliminados.

Embalada pela Copa do Mundo, a TV aberta cresceu mais do que o mercado de mídia como um todo. Somados, TV aberta, jornais, revistas, TV paga, cinema, internet, rádio, mídia exterior e listas e revistas faturaram R$ 12,531 bilhões, uma alta de 30% sobre o primeiro semestre de 2009.

Como cresceu mais, a TV aberta atingiu um patamar inédito de concentração de verbas publicitárias. Sua participação no mercado de mídia atingiu inéditos 63,9%. Isso quer dizer que, de cada R$ 100 gastos em anúncios no Brasil, R$ 63,90 foram para a televisão aberta. A Globo ficou com mais de 70% desse dinheiro (ou seja, de cada R$ 100 investidos em publicidade, pelo menos R$ 45 vão para a Globo).

Nessa mesma lógica da divisão dos R$ 100, os jornais ficaram com R$ 12,76; as revistas, com R$ 6,85; a internet, com R$ 4,30; o rádio, com R$ 4,18; e a TV por assinatura, com R$ 3,57.

O blog consultou todos os relatórios semestrais do Inter-Meios desde 1996, quando começaram a ser divulgados. Constatou que nunca antes a TV aberta teve participação tão grande no bolo publicitário.

No primeiro semestre de 1998, também de Copa do Mundo (a da França), de cada R$ 100 investidos em publicidade no país, R$ 55,76 iam para a TV aberta. Quatro anos depois, em junho de 2002 (Copa do Japão e Coreia do Sul), a fatia da TV aberta subiu para R$ 60,41. No primeiro semestre de 2006 (Copa da Alemanha), a TV aberta abocanhou R$ 60,51.

Até o primeiro semestre de 2010, o melhor semestre da TV aberta tinha sido o segundo do ano passado, com 60,92% de participação nas verbas publicitárias. De 1996 para cá, verifica-se uma queda muito grande dos jornais (que já tiveram mais de 25% de participação) e das revistas. Na outra ponta, internet, que já fatura mais do que o rádio, e TV paga, além da TV aberta, foram as mídias que mais cresceram.

Análise

Segundo o consultor Antonio Rosa Neto, o crescimento do mercado de mídia e, principalmente, da TV aberta no primeiro semestre de 2010 se deve a três fatores: Copa do Mundo, eleições e economia aquecida.

A Copa do Mundo estimula o consumo e as promoções das empresas. Logo, elas anunciam mais. As eleições impulsionam o crescimento publicitário no primeiro semestre porque governos e estatais são proibidos, por lei, de fazerem anúncios no segundo semestre. Juntos, governos e estatais gastam cerca de R$ 1,7 bilhão por ano em publicidade.

Mas, por que a TV aberta cresceu mais do que as outras mídias e teve participação maior no bolo publicitário do que em outros anos com eleições e Copa do Mundo?

A resposta, de acordo com o especialista, pode estar na economia aquecida. Como precisa vender mais e rapidamente, os anunciantes dão preferência à TV aberta.

"A televisão aberta tende a ceder audiência para a TV por assinatura e tem perdido público para as atividades [como fazer compras, passear]. É inexorável que ela perca, mas continua absurdamente grande, o que justifica sua liderança", afirma Rosa Neto.