segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"No Ateliê de Portinari: 1920-45" vai até o dia 18 de setembro

A exposição está na Grande Sala do MAM - Museu de Arte Moderna

A mostra contempla a formação do ícone da pintura modernista brasileira Cândido Portinari. Com percurso pré-definido, é divida em cinco blocos, onde estão expostos desde os primeiros trabalhos em busca de um estilo próprio até experiências com obras abstratas, passando por estudos de projetos monumentais, como os afrescos do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro.

 O primeiro bloco – Da Escola Nacional de Belas-Artes a Paris –, contempla o período de formação do pintor.  Tendo ingressado na escola carioca em 1920, Portinari estuda nela até  1928, quando ganha o prêmio de viagem ao exterior na 35ª Exposição Geral da instituição. Graças a ele viaja para a Europa em 1929 para ver de perto as obras dos grandes mestres. Nessa fase predominam os retratos, como os três do poeta Olegário Mariano, que confrontam-se pelas diferenças de estilo.
No segundo bloco, Um modelo constante, a série de retratos que o artista realiza tendo como modelo sua mulher, Maria, evidencia a liberdade estilística característica de seu período inicial, trazendo inspirações que remetem a Amedeo Modigliani, ao Pablo Picasso pré-cubista e a Giorgio de Chirico, entre outras várias influências.

Em Cenas brasileiras, surgem as representações pictóricas de elementos, situações e personagens cotidianos de Brodowski e do Brasil em geral. Obras como Domingo no morro (1935), Paisagem de Brodowski (1940) e Estivador (c. 1934) estão dentre as primeiras incursões de Portinari no universo nacionalista que mais tarde torna-se marca registrada de sua pintura.

Quando Portinari chega aos limites da representação pictórica na tela, parte naturalmente para a concepção de trabalhos murais, o que está representado no bloco Projetos monumentais. Ali, se encontram diversos estudos para obras de grandes dimensões, como os afrescos do Ministério da Educação e Saúde (1938), no Rio de Janeiro.

Finaliza a exposição uma vertente pouco conhecida do artista: a abstração. Mesmo não acreditando no abstracionismo como expressão eloquente do pensamento do artista, Portinari não se furtou a fazer incursões pelo gênero, como provam alguns de seus estudos e trabalhos, dentre os quais dois da série dos quatro elementos (1945).


O conceito da exposição não é ser uma retrospectiva do pintor, mas sim mostrar recortes em sua produção, abordando seu período de formação entre o Rio de Janeiro e Paris. Ao lado de trabalhos bastante conhecidos do pintor, como Retrato de Maria, Domingo no morro e Paisagem de Brodowski, a mostra apresentará obras pouco divulgadas como Meu primeiro trabalho, Retrato do poeta Olegário Mariano e Nu.

Serviço:

Exposição No ateliê de Portinari (1920-45) (Grande Sala)
Data: até 18/9
Horário: Terça a domingo, das 10h às 17h30
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Parque do Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portão 3)
Telefone: (11) 5085-1300

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